2º Fórum Nacional CACB Mil

segunda, 28 de setembro de 2015

“O desemprego é o lado mais perverso da crise”, afirma Míriam Leitão

A taxa média de desemprego brasileira subiu para 8,3% no segundo trimestre, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, e atingiu o maior nível da série histórica, iniciada em 2012. As mulheres, os negros e os jovens estão entre os segmentos mais atingidos, sobretudo os jovens cuja taxa de 18% é altíssima, e requer a criação de uma política para a juventude sob pena de o país comprometer o seu futuro. Foi o que afirmou a jornalista Miriam Leitão, na abertura do 2º Fórum Nacional CACB Mil, que se realiza em Florianópolis (SC). Para a jornalista “o desemprego é o lado mais perverso da crise do Brasil.”

Em sua palestra, Conjuntura Econômica do Brasil e Perspectivas, Miriam afirmou que o Brasil vive um quadro de “estagflação”, ou seja, inflação com recessão, o que considera a “pior situação econômica” a que pode chegar um país.

Miriam Leitão, na sequência, mostrou dados de desempenho do PIB do Brasil, no período 1981-2014, indicando o quadro atual da economia como a terceira grande recessão: a primeira ocorreu no período de 1981-83, na época de Delfim Netto como ministro da Fazenda, quando houve uma queda de 4,3% do PIB; a segunda em 1990, também com queda de 4,3% do PIB, derivada do Plano Collor.

Miriam responsabilizou a presidente Dilma Rousseff pelos “erros administrativos que acabaram causando a crise atual, num flagrante descompasso entre o país mostrado em sua campanha eleitoral, e o país real”.

Apesar da conjuntura adversa, a jornalista encerrou sua apresentação com otimismo sobre o futuro do país. “No próximo ano os efeitos dos reajustes de tarifas de energia, e de outros indicadores, devem reduzir-se e seguramente a taxa de inflação deve baixar, o que pode trazer mais estabilidade econômica. Assim, 2016 deve ser um ano menos ruim que 2015”, acredita.

 

Fonte: CACB

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