Em 2006, os 42 prefeitos da Amsop aprovaram a ideia da construção do aeroporto regional. A proposta foi inserida na Carta do Sudoeste, foram investidos na época R$ 40 mil para que uma empresa de Londrina (Silvestri Arquitetura) realizasse um estudo técnico em quatro municípios (Itapejara D´Oeste, Vitorino, Bom Sucesso do Sul e Renascença) para saber onde seria melhor viabilizar a estrutura.
O arquiteto londrinense André Silvestri, especialista no assunto, fez um projeto de 85 páginas e sugeriu Renascença como o lugar ideal, em uma área de 250 hectares, às margens da PR 280. O local, segundo ele, recebeu nota máxima nos 12 itens analisados. Trata-se de uma área alta (cerca de 800 metros em relação ao nível do mar), plana, com pouca incidência de neblina, afastada da cidade e, principalmente, praticamente no meio do caminho entre Francisco Beltrão e Pato Branco — os dois maiores municípios da região, que totalizam mais de 150 mil habitantes.
O arquiteto fez um cronograma de investimentos e orçou em aproximadamente R$ 30 milhões para se adquirir a área de terra e construir a pista e o entorno.
Na teoria, foi um grande estudo, mas que está prestes a ser arquivado — pelo menos temporariamente. Na prática, se sair o aeroporto regional, vai demorar algumas décadas. Em conversa com alguns prefeitos do Sudoeste em Brasília, a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), praticamente descartou a viabilidade do aeroporto regional. Isso porque a presidente Dilma Rousseff (PT) lançou neste ano o Programa de Investimentos em Logística, que vai liberar R$ 7,3 bilhões para estruturar 270 aeroportos em todo o Brasil.
Dentre os 15 escolhidos no Paraná, estão os de Francisco Beltrão e Pato Branco. O quanto cada município vai receber ainda depende de um laudo técnico, que será elaborado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica). Mas, segundo o vice-prefeito de Francisco Beltrão, Eduardo Scirea (PT), cada município deve receber algo em torno de R$ 20 milhões. O governo federal ainda vai oferecer um subsídio para algumas passagens por mês para viabilizar ainda mais os aeroportos.
Em 2006, os 42 prefeitos da Amsop aprovaram a ideia da construção do aeroporto regional. A proposta foi inserida na Carta do Sudoeste, foram investidos na época R$ 40 mil para que uma empresa de Londrina (Silvestri Arquitetura) realizasse um estudo técnico em quatro municípios (Itapejara D´Oeste, Vitorino, Bom Sucesso do Sul e Renascença) para saber onde seria melhor viabilizar a estrutura.
O arquiteto londrinense André Silvestri, especialista no assunto, fez um projeto de 85 páginas e sugeriu Renascença como o lugar ideal, em uma área de 250 hectares, às margens da PR 280. O local, segundo ele, recebeu nota máxima nos 12 itens analisados. Trata-se de uma área alta (cerca de 800 metros em relação ao nível do mar), plana, com pouca incidência de neblina, afastada da cidade e, principalmente, praticamente no meio do caminho entre Francisco Beltrão e Pato Branco — os dois maiores municípios da região, que totalizam mais de 150 mil habitantes.
O arquiteto fez um cronograma de investimentos e orçou em aproximadamente R$ 30 milhões para se adquirir a área de terra e construir a pista e o entorno.
Na teoria, foi um grande estudo, mas que está prestes a ser arquivado — pelo menos temporariamente. Na prática, se sair o aeroporto regional, vai demorar algumas décadas. Em conversa com alguns prefeitos do Sudoeste em Brasília, a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), praticamente descartou a viabilidade do aeroporto regional. Isso porque a presidente Dilma Rousseff (PT) lançou neste ano o Programa de Investimentos em Logística, que vai liberar R$ 7,3 bilhões para estruturar 270 aeroportos em todo o Brasil.
Dentre os 15 escolhidos no Paraná, estão os de Francisco Beltrão e Pato Branco. O quanto cada município vai receber ainda depende de um laudo técnico, que será elaborado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica). Mas, segundo o vice-prefeito de Francisco Beltrão, Eduardo Scirea (PT), cada município deve receber algo em torno de R$ 20 milhões. O governo federal ainda vai oferecer um subsídio para algumas passagens por mês para viabilizar ainda mais os aeroportos.
Prefeitos estão de acordo
O prefeito de Francisco Beltrão, Cantelmo Neto (PMDB), acredita que essa é a melhor medida a ser tomada no momento para a logística de transporte regional. “O problema é que nós não temos ainda a demanda para um aeroporto do porte em que a Amsop colocou na Carta do Sudoeste. No momento, o ideal é estruturar os dois aeroportos que já temos. A intenção é fazer os aeroportos pequenos alimentarem os grandes. Temos uma baixa densidade demográfica e esse plano vai adiar a necessidade de um aeroporto regional por algumas décadas”, avalia o prefeito.
Segundo ele, é preciso esperar um pouco para saber mais informações. “Ainda temos algumas questões vagas sobre o assunto, estamos aguardando as instruções técnicas, se é para investimentos ou custeio dos aeroportos também.”
Augustinho Zucchi (PDT), prefeito de Pato Branco, diz que nunca foi a favor da construção do aeroporto regional — embora o seu antecessor, Roberto Viganó (PDT), tenha sido favorável.
Cantelmo Neto (PMDB) diz que o novo plano de
investimentos em aeroportos está de acordo
com a demanda de passageiros da região.
“Eu conversei com a Anac e com a Gleisi. O que sei de momento é que está se formando um fundo no Banco do Brasil para realizar esses investimentos. Vamos esperar os laudos técnicos e, enfim, saber quanto cada aeroporto vai receber. Acho que esse plano de investimentos é o melhor, vai ajudar a nossa região”, afirma.
Zucchi diz, ainda, que o aeroporto de Pato Branco precisa de investimentos em quase todos os setores. “Vai precisar de uma reforma completa, tanto na pista como no entorno. Precisamos melhorar bastante a estrutura do nosso aeroporto para nos enquadrarmos no padrão exigido pelo governo federal”, complementa.
O prefeito de Marmeleiro e vice-presidente da Amsop, Luiz Bandeira (PP), também concorda que, no momento, é preciso esquecer o aeroporto regional. “Não temos demanda suficiente, nem de passageiros e muito menos de cargas. Precisamos primeiro ajustar a estrutura dos dois aeroportos da região para beneficiar as duas microrregiões”, avalia.
Opinião contrária
Na época em que os estudos da Amsop foram feitos, em 2006, o presidente da entidade era o então prefeito de Francisco Beltrão Vilmar Cordasso (PP). Ele ainda acredita que o ideal seja unir os investimentos dos dois municípios e construir o aeroporto regional.
“Se Beltrão e Pato Branco vão receber cerca de R$ 20 milhões cada, é mais que o investimento necessário para a construção do regional. Precisamos pensar no futuro, não é a Gleisi que vai falar o que é melhor para a região, mas os sudoestinos; temos que brigar pelo que é melhor para nós, um aeroporto mais acessível para a população.” E, por fim, questiona: “Se é difícil viabilizar um aeroporto, imagina dois como fica?”.
Fonte: Jornal de Beltrão