Empregos
sexta, 18 de setembro de 2015
Emprego na indústria recua 0,7% em julho; sétima queda seguida, diz IBGE
O emprego na indústria brasileira caiu 0,7% em julho, na comparação com junho, sétimo mês seguido de queda. Nesse período, a perda acumulada foi de 4,8%. Em relação a julho de 2014, o recuo foi de 6,4%, 46º resultado negativo nesse tipo de confronto e o maior desde julho de 2009 (-6,7%).
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (18) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e fazem parte da Pimes (Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário).
No acumulado dos sete primeiros meses de 2015, o total de trabalhadores na indústria brasileira caiu 5,4%. No acumulado dos 12 meses até julho, o recuo foi de 4,9%, mantendo a trajetória de queda que começou em setembro de 2013.
Na pesquisa anterior, com dados de junho, a queda do emprego industrial tinha sido de 1%.
Em julho, comparado ao mesmo mês do ano passado, foi registrada queda no emprego em 17 dos 18 ramos da indústria pesquisados. As maiores foram em máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-15,1%), produtos de metal (-10,7%), outros produtos da indústria de transformação (-10,1%) e máquinas e equipamentos (-9,1%).
O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria em julho diminuiu 1,2% em comparação com junho, quinto mês seguido de queda. Em relação a julho de 2014, o recuo foi de 7,2%, 26ª taxa negativa nesse tipo de confronto e a maior desde julho de 2009 (-7,3%).
De janeiro a julho deste ano, a queda acumulada nas horas pagas foi de 6%, e nos 12 meses até julho, de 5,5%.
O valor da folha de pagamento real (ajustado pela inflação) caiu 1,8% em julho na comparação com o mês anterior, perdendo assim o ganho de junho, que tinha sido de 1,3%. Em relação a julho de 2014, o valor da folha recuou 7%, 14ª queda seguida nesse tipo de confronto.
Em 2015, até julho, o valor da folha caiu 6,3%. Nos 12 meses até julho, a queda foi de 5%, maior taxa negativa desde outubro de 2003, quando foi de 5,2%.
Em julho, o desemprego no país chegou a 7,5%, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada pelo IBGE no mês passado. A taxa foi a maior para o mês desde 2009.
De acordo com o Ministério do Trabalho, 157.905 vagas de trabalho com carteira assinada foram cortadas em julho, outro recorde para o mês, que registrou o pior resultado desde 1992.
Como forma de conter as demissões, empresas de setores em crise têm adotado o PPE (Programa de Proteção ao Emprego). A Mercedes-Benz adotou o plano, e os trabalhadores da Volkswagen aprovaram a medida.
O PPE foi criado pelo governo e permite que empresas diminuam temporariamente a jornada de trabalho e os salários em até 30%.
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