Faturamento

sexta, 25 de julho de 2014

50 por cento dos empresários do comércio esperam faturamento maior para o segundo semestre

A Pesquisa de Opinião do Empresário do Comércio, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), mostra que 50% dos comerciantes paranaenses esperam ter faturamento superior ao registrado no segundo semestre de 2013. O desempenho dos negócios nos próximos meses ainda é incerto para 27% dos entrevistados, enquanto 19% acreditam que a empresa passará por um momento desfavorável. Os outros 4% estão indiferentes e acham que não haverá alterações.

Traçando um comparativo entre comércio e serviços, verifica-se diferença entre o nível de otimismo dos dois setores: 57% dos empresários do setor de serviços esperam um faturamento maior no período, ante 46% dos comerciantes varejistas. A incerteza é maior no segmento de serviços, com 29% de respostas indefinidas, em comparação a 23% de indecisos entre os prestadores de serviços. O pessimismo também é mais acentuado no comércio, com 23%, ante 12% no setor de serviços.

O otimismo dos empresários paranaenses vem apresentando quedas desde 2009. O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, explica que a confiança do empresariado normalmente é menor no segundo semestre, mas a tendência é que melhore até o Natal, a melhor época para o comércio.

Varejo não engrenou

"A situação econômica e política do país vem afetando as perspectivas dos empresários, que esperam por medidas mais efetivas do governo para reduzir os entraves à atividade empresarial. O ritmo mais fraco de crescimento das vendas no acumulado do ano demonstra que o varejo paranaense ainda não engrenou, o que tem influenciado negativamente a satisfação com as condições atuais e reflete nas expectativas para os próximos meses", diz Piana.

O nível de empregos no comércio deve permanecer estável, com tendência à ampliação, já que 66% das empresas pretendem manter o quadro de funcionários no próximo semestre e 16% planejam aumentar o número de colaboradores. Apenas 13% reduzirá o quadro funcional e 5% ainda não sabe qual medida vai tomar até o final do ano.

Na região

O presidente regional da Associação Paranaense de Supermercados (Apras) e diretor-presidente da rede Ítalo de Supermercados, Edy Dal Berto, comenta que no setor de mercados a expectativa para o segundo semestre é que as vendas sejam de 12% a 15% maiores na comparação com o primeiro semestre, por causa das festas de final de ano. "Com relação ao ano passado, a expectativa do setor é só cobrir a inflação, com um aumento de dois a três por cento", informa.

Para ele, no segmento não tem clima de pessimismo porque o consumo vem crescendo ano a ano. Mas reconhece que há empresários que têm opiniões mais conservadoras sobre o desempenho dos negócios. Edy diz que no Sudoeste as vendas dos mercados devem crescer na faixa de 6% pelo desempenho das empresas e da instalação das faculdades, nos últimos anos. Elas atraem mais estudantes e professores e movimentam a economia.

Para o empresário, "a rede Ítalo, com aquisições e novas lojas, o crescimento deve ser de doze a quinze por cento".

Fatores que dificultam a atividade empresarial

- Alta carga tributária (20%)
- Aumento da inflação (15%) -
- Esgotamento da capacidade de compra do consumidor (13%).

Para empresário, comércio vive momento de equilíbrio

O diretor de marketing da Rede Forte de Mercados, Denilso Baldo, diz que o comércio vive um momento de "bastante equilíbrio". Em junho houve uma retração de 10% nas vendas em função da Copa, dos feriados e das chuvas. "Não fosse isso, o nível das vendas teria se mantido", ressalta Denilso.

Ele observa que "o que a gente tá sentindo é que as pessoas estão com o freio de mão puxado, muitos estão segurando novos investimentos, e no segmento de supermercados o consumidor passou a trocar as marcas premium por marcas mais baratas. Além disso, o quadro político não ajuda, cria uma certa incerteza".

Para o segundo semestre, conforme a opinião do diretor da Rede Forte, as vendas devem se manter estáveis. "Pode ter boas vendas, no final do ano, mas em função das festas e da injeção do décimo terceiro salário na economia", ressalta.
Fonte: Jornal de Beltrão

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