A inflação ficou praticamente estável em fevereiro na comparação com janeiro, ao variar 1,22%, ante o mês anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa foi para 7,7%, a mais elevada desde maio de 2005, quando atingiu 8,05%. Em fevereiro de 2014, o IPCA ficou em 0,69%. O teto da meta do governo é de 6,5%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi divulgado nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano, o IPCA registra 2,48%, acima do percentual de 1,24% registrado em igual período de 2014.
Em fevereiro, a pressão no indicador veio principalmente dos grupos educação (de 0,31%, em janeiro, para 5,88% em fevereiro) e transportes (passou de 1,83% para 2,2% em fevereiro).
O destaque individual do mês ficou com a gasolina, cujos preços subiram 8,42%. Refletindo aumento nas alíquotas do PIS/COFINS, que entrou em vigor em 1º de fevereiro, a gasolina exerceu um impacto de 0,31 ponto percentual (p.p.), sendo responsável, sozinha, por um quarto do IPCA, ou seja, 25,41%. Sob esta forte pressão, os gastos com Transportes subiram 2,20%, grupo que apresentou o mais elevado impacto no mês (0,41 p.p.).
Ainda no grupo transportes, houve aumento também nas alíquotas do PIS/CONFINS para o óleo diesel, que apresentou alta de 5,32%. Já os preços do etanol subiram 7,19%. Além dos combustíveis (7,95%), outros gastos importantes com transportes também apresentaram elevação: trem (3,1%), automóvel novo (2,88%),ônibus urbano (2,73%), metrô (2,67%), ônibus intermunicipal (1,68%), táxi (1,21%) e conserto deautomóvel (1,2%).
No grupo educação, o reflexo veio dos reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente nos valores das mensalidades dos cursos regulares, que subiram 7,24%. À exceção de Fortaleza, que não apresentou aumento em virtude da diferença da data de reajuste, nas demais regiões as variações dos cursos regulares situaram-se entre os 5,11% de Porto Alegre e os 9,78% do Rio de Janeiro. Nas mensalidades dos cursos diversos (idioma, informática etc.), a variação foi de 7,14%.
De janeiro para fevereiro os grupos cujos preços subiram foram: artigos de residência (de -0,28 para 0,87%), transportes (de 1,83% para 2,2%), saúde e cuidados pessoais (de 0,32% para 0,6%), educação (de 0,31% para 5,88%) e vestuário (0 de -0,69% para -0,60%). Em sentido contrário, em desaceleração, ficaram os grupos: alimentos e bebidas (passaram de 1,48% para 0,81%), habitação (2,42% para 1,22%), despesas pessoais (de 1,68% para 0,86%) e comunicação (de 0,15% para -0,02%).
Fonte: Economia.IG
