No tradicional Café Acefb da última terça-feira, 26, realizado na Associação Empresarial de Francisco Beltrão, representantes do Banco do Brasil (BB) do Município explicaram sobre as linhas de crédito disponíveis para os microempreendedores individuais (MEIs). Esse tipo de atividade econômica vem tirando muitas pessoas da fila da informalidade, gerando novas oportunidades.
Sandro Roberto Godinho, gerente de relações do BB, falou sobre o MPO, uma das modalidades de crédito bastante acessadas por seus usuários. “Temos várias linhas de crédito. Uma delas é o MPO – Microcrédito Produtivo Orientado. Até o ano passado tinha uma taxa de juros bem diferenciada. Mas devido ao momento em que o Brasil atravessa, teve algumas variações. Hoje esse crédito está dividido em duas: crédito para capital de giro e para financiamento. Para capital de giro o empréstimo é feito em até 12 parcelas. Já para investimento o empréstimo pode ser pago em até 18 vezes”, explica Sandro.
O gerente frisa que o MPO pode ser acessado por pessoas físicas e que atuam na informalidade.“Temos uma lista de ocupações em que os microempreendedores podem conhecer e ver se enquadram a sua realidade e assim conseguir acessar o crédito. Outra vantagem para os MEIs são os fundos de investimentos diferenciados como créditos para aquisição de máquinas, equipamentos e veículos. “Temos ainda uma parceria com os cartões de débito e crédito da Cielo, com taxas diferenciadas. Com o número alto de inadimplência, essa pode ser uma saída interessante para os microempreendedores. Existem as máquinas fixas, onde se paga em média R$ 95 por mês. Para o MEI o custo é de apenas R$ 29,90. Já a máquina móvel, geralmente utilizada para quem tem pizzarias, os empresários pagam normalmente R$ 138. Para o MEI a taxa mensal é de R$ 49,90”, destaca Sandro. Marcos Guerra, presidente da Acefb, aproveitou para destacar que muitos empresários ainda resistem às novas tecnologias. “Há empresas que ainda não oferecem aos seus clientes as máquinas de cartão. Hoje em dia não dá mais para relutar contra essa tendência.”
Pergunta pertinente
Marcos fez uma breve análise do atual momento econômico brasileiro, no que se refere às mudanças nas taxas de juros. Ele também pediu ao gerente geral da agência beltronense, Everaldo Dal Piva, gerente geral do Banco do Brasil – agência beltronense,uma avaliação desse cenário turbulento em que o país atravessa. “Vivemos uma mudança muito radical. Saímos de taxas de juros bem acessíveis e passamos nos últimos seis meses a pagar taxas maiores. Gostaria de um ponto de vista sobre esse assunto, se assustou ou não os empreendedores. E o que podemos imaginar para o futuro?”, indagou Marcos. “É um assunto delicado, o pessoal fala muito em crise e isso de certa forma inibe os investimentos e negócios. Quanto mais medo tivermos, mais tempo vai demorar para passarmos por essa fase. Essa alteração de taxas de juros vivenciada nos últimos meses se deve a escassez de recursos e não há previsão de que daqui seis meses, por exemplo, haverá uma grande mudança”, explica Dal Piva.“No início foi um choque muito grande para todos esse aumento nas taxas de juros, dando uma freada no mercado econômico.A gente tem visto falar que a economia deve voltar a se estabilizar daqui um, dois anos. Contudo, os empresários veem que não tem outra alternativa a não ser gerenciar custos dentro das empresas. Acredito que é preciso repensar os custos para não comprometer a saúde financeira da empresa”, recomenda.
Mudança no horário de atendimento nos caixas eletrônicos
Uma das dúvidas de associados da Acefb e demais beltronenses é quanto ao horário de atendimento dos caixas eletrônicos do BB em Beltrão. Everaldo Dal Piva, esclarece o motivo da mudança. “Abríamos às 7h e fechávamos às 22h. Por determinação da gerência geral do Banco do Brasil, hoje os terminais eletrônicos funcionam das 8h às 20h. É uma estratégia de segurança do banco, visto que em algumas cidades há vários casos de arrombamentos e explosão de caixas eletrônicos. Para se ter uma ideia, tem caixas eletrônicos aqui da região que estão funcionando somente até 17h30 pelo mesmo motivo”, garante. Everaldo também explicou sobre os novos meios de pagamento disponíveis pelo banco, aqueles efetuados através de tablets e celulares. “A ideia no futuro não é ir mais até a agência bancária para sacar dinheiro ou pagar boletos. Tudo isso já vem sendo feito por vias móveis, o que facilita e muito a vida de nossos clientes. Esse é o caminho.” Para Dal Piva, “os cheques devem entrar em breve no caminho da extinção.”
Momento Empresa
Mona Cristina Oliveira, sócia proprietária da Fidelidade Assessoria de Cobrança de Foz do Iguaçu, é uma das novas associadas da Acefb. A empresa está em para Beltrão atender as pequenas, médias e grandes empresas, buscando a solução das carteiras de inadimplentes. De acordo com o folder explicativo da empresa, o objetivo é resgatar as dívidas e clientes com atendimento de qualidade, proporcionando soluções, para que possam voltar a ser clientes ativos, fechando novos negócios e gerando lucro novamente para os credores. A Fidelidade ainda não tem um ponto fixo em Beltrão. Dúvidas sobre como obter o atendimento podem ser tiradas pelo fone (45) 3572-3977 ou 9937-3942.
Fonte: Assessoria/Acefb
