Lideranças do Sudoeste gostariam de ver investimentos em ferrovias no Paraná. O pato-branquense Jair dos Santos, da Cacispar, comentou: “Com certeza é uma das brigas não só da Cacispar, mas também da Faciap, pra que nós possamos ter ferrovias na região Sudoeste, inclusive até Cascavel, cobrindo o Oeste também”.
Cacispar
E acrescentou: “A gente percebe que os custos são muito elevados na parte do transporte porque estamos mal servidos de rodovias e não temos ferrovias. É uma queixa muito grande de todos os setores produtivos e nós perdemos competitividade por causa disso. Com toda a certeza, isso viria a baixar custos porque é notório que uma locomotiva, com vários vagões carregados, vai baratear muito o custo, sem falar que o custo de manutenção de uma ferrovia é menor do que uma rodovia. Nela só andam trens, automaticamente o desgaste é menor, diferentemente do asfalto”.
Finalizando: “O impacto ambiental na construção de uma ferrovia também é bem menor do que o impacto da construção de uma rodovia. Lógico que precisamos de rodovias porque os demais setores do transporte funcionam via rodovia, mas o sonho é conseguir em breve o braço de uma ferrovia. É uma situação que já vem sendo discutida há bastante tempo e com certeza a hora que a gente conseguir isso vamos celebrar muito”.
Setcsupar
Para o diretor da rede de postos Panda, beltronense Neocir Cipó Nezze, também membro do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Sudoeste do Paraná (Setcsupar), “se tivéssemos mais ferrovias iríamos diminuir muito o custo de transporte no Brasil. Sou totalmente favorável à criação de novas ferrovias para desafogar o trânsito pesado de nossas rodovias. Mesmo porque, o Brasil, do tamanho que é, transportamos carga a 4.000 quilômetros daqui de Beltrão a Manaus por transporte rodoviário, sendo que nos países desenvolvidos o transporte por caminhões é apenas pra fazer o transbordo da indústria até o local do embarque pras ferrovias ou o transporte aéreo. Se nós tivéssemos um custo no transporte rodoviário e de combustível, na carga tributária e mesmo no pedágio, mais barato, talvez até poderíamos continuar. Mas se não tivermos a intenção de um transporte alternativo iremos pagar um custo muito alto das mercadorias por causa do tipo de transporte que temos no Brasil”.
Agência
O duovizinhense Luiz Carlos Peretti, da Agência de Desenvolvimento: “Teria um caminho de coisas pra falar. Mas sem infraestrutura, e barata, a cada dia nos tornamos menos competitivos. A ferrovia seria positiva em todos os sentidos da economia, mais flexibilidade no transporte, redução de custos; tornaria o País mais competitivo; e seria também a oportunidade de preservar mais as rodovias pela menor sobrecarga dos caminhões, menos acidentes de maior e menor impacto”.
Fonte: Jornal de Beltrão/ Foto: Gilberto Abelha
