Ontem, a Agência de Desenvolvimento Regional do Sudoeste do Paraná promoveu mais um encontro com os 27 municípios que integram o circuito de turismo chamado Vales do Iguaçu. A reunião contou com a presença da diretora técnica da Paraná Turismo, Deise Bezerra. Dentre as pautas debatidas está a atualização do Mapa do Turismo Brasileiro, desenvolvido pelo Governo Federal, que será publicado no próximo ano e terá validade até 2021. A diretora também aproveitou para acompanhar o desenvolvimento do grupo neste ano. “Era uma prerrogativa nossa de fazer essa reunião, para passar as novas exigências que serão inseridas no novo mapa do turismo. Os municípios cada vez mais preocupados quando se fala em turismo”, diz Deise.
Para o município participar do próximo mapa serão necessárias três obrigações essenciais: conselho municipal de turismo atuante, participar de uma instância governamental com gestores públicos e privados – no Paraná já é exigido desde o ano passado -, e por fim, a inscrição de empreendimentos locais (hotéis, parques, guia de turismo, restaurantes, entre outros) no Cadastur do Ministério do Turismo. “A conversa com o grupo foi muito boa, a gente vê que o desenvolvimento do turismo é um processo. Nós discutimos que no próximo mapa, será necessário ter um plano municipal do turismo, então os municípios terão que se organizar”, afirma Deise.
O diretor da Agência, Célio Bonetti, comenta outro fator importante para o desenvolvimento turístico da região: “Em nosso fórum, nós nos reunimos sempre com pautas consistentes e nessa reunião, também tratamos de vários aspectos da estruturação do turismo regional e da construção da Política Nacional de Qualificação do Turismo que possibilita o planejamento turístico de curto a longo prazo, e objetiva a melhoria da qualidade de serviços e a geração de empregos”.
Sudoeste desenvolvido
Célio está otimista com o andamento do Vales do Iguaçu neste ano. O grupo, inclusive, já conseguiu aprovar um projeto para aporte fiscal, junto a Cooperativa de Arte e Cultura do Sudoeste do Paraná (Coperarte) que visa incluir um calendário cultural na região. “Nós estamos confiantes neste fim de ano, com o fechamento do planejamento regional e com a conferência regional que vai acontecer em novembro, isso traz uma perspectiva que para 2019 estaremos com o planejamento regional para 10 anos. A partir de então, a nossa estrutura estará organizada”, aponta Célio. A diretora do Paraná Turismo acrescenta que “temos visto muito resultado aqui no Sudoeste. Nós fizemos neste ano, a 14ª Mostra das Regiões Turísticas do Paraná e se olharmos lá na primeira, há 14 anos, muita coisa foi desenvolvida nesse tempo. A gente percebeu que o empresariado tem se envolvido no turismo o que é importante”.
Incentivo à inciativa privada
Segundo dados do Ministério do Turismo, a área gera 1 a cada 10 empregos no mundo. Só no Brasil, o setor emprega mais de sete milhões de pessoas direta e indiretamente, com meta para nove milhões até 2022. Nesse sentido, uma das alternativas discutidas entre entidades é o incentivo do turismo à iniciativa privada. Segundo Deise, o turismo ainda é visto como um negócio voltado somente ao lazer, mas que hoje, uma das fontes mais importantes de renda e geração de emprego é o turismo de negócios. “Francisco Beltrão e Pato Branco podem investir em turismo de negócios, já tem potencial pra isso”, sugere Deise.
Célio comenta que o turismo pode ser inserido na cadeia produtiva local e que a iniciativa privada da região está começando a investir em vários segmentos ligados ao setor.
“O turismo pode se associar como um setor produtivo dentro da cadeia. Cada vez mais as pessoas estão se interessando e os municípios vendo o potencial turístico, mas ainda focado no lazer, por isso, precisamos pensar o turismo como negócio, empreendimento econômico, que gera emprego e renda. No Sudoeste nós percebemos isso aos poucos com a chegada de novos hotéis, pousadas, restaurantes e eventos, que vem gerando riqueza na região”, completa Célio.
